Qorpo Poético no Teatro União em Triunfo/RS
QORPO POÉTICO NO TEATRO UNIÃO!
- A Secretaria de Estado da Cultura e a Fundação Cultural Qorpo-Santo apresentam: “Triunfo da Cultura por Q-S”.
Um projeto contemplado no Edital do Fundo de Apoio a Cultura - FAC 03/2016 - juntospelacultura com programação continuada de ocupação do Teatro União o segundo teatro mais antigo do estado.
Um projeto contemplado no Edital do Fundo de Apoio a Cultura - FAC 03/2016 - juntospelacultura com programação continuada de ocupação do Teatro União o segundo teatro mais antigo do estado.
O Financiamento do Projeto é do Pró-cultura RS, Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do sul.
NO DIA 06/10 o primeiro Espetáculo Teatral QORPO POÉTICO.
INGRESSOS: R$10,00 na Portaria do Teatro com colaboradores ou 99940527.
O lugar de Qorpo-Santo no discurso crítico
O lugar de Qorpo-Santo no discurso crítico
10 de maio 2016 | por Fábio Prikladnicki • Porto Alegre
A história da recepção crítica da obra de Qorpo-Santo tem sido a história de sua assimilação a um aparato teórico-poético estranho e anacrônico a ela. Desde sua redescoberta, cem anos após a publicação das peças, o autor gaúcho tem sido lido à luz de correntes europeias modernas, como o teatro do absurdo e o surrealismo, em uma estratégia discursiva que o aliena de seu país e de sua época. A reflexão é oportuna porque, neste 2016, são celebrados os 150 anos da dramaturgia de Qorpo-Santo (suas 17 peças, uma delas inconclusa, foram todas escritas entre janeiro e junho de 1866) e os 50 anos da primeira encenação de sua obra, com a histórica montagem do diretor Antônio Carlos de Sena, em 1966, para três textos (As relações naturais, Eu sou vida; eu não sou morte e Mateus e Mateusa) no Clube de Cultura, histórico reduto de esquerda localizado no bairro Bom Fim, em Porto Alegre[1]. Dois anos depois, o grupo se apresentou no Rio, representando o reconhecimento nacional do escritor, saudado pelo crítico Yan Michalski como um marco que merecia uma reescrita da dramaturgia nacional.
A redescoberta de sua obra se deu em meio à ascensão do “teatro do absurdo”, como o crítico Martin Esslin se referiu à produção de autores como Beckett, Ionesco e Adamov, que por sua vez traduziam a busca de sentido do mundo pós-guerra em uma escrita que colocava em xeque os limites da linguagem com notas de nonsense. Havia notáveis semelhanças entreMateus e Mateusa, de Qorpo-Santo, e As cadeiras, de Ionesco. Tudo isso alçou o brasileiro à categoria – pretensamente elogiosa – de “precursor do teatro do absurdo”. Posteriormente, o pesquisador Eudinyr Fraga – um dos grandes divulgadores da obra de Qorpo-Santo, tendo organizado uma edição de seu teatro completo – procurou associá-lo ao surrealismo.
Valendo-se de um método que tem algo de arqueológico, uma vertente recente e promissora dos estudos qorpo-santenses tem procurado reinserir o autor na história da cultura e do pensamento nacionais
Esta oposição binária expressa no título de um livro-ensaio de Fraga – surrealismo ou absurdo? – pauta até hoje a recepção crítica da obra teatral do autor, em que pese esforços isolados em outras direções, como a proposta da pesquisadora Denise Espírito Santo de associá-lo a “uma vertente do desvio e da negatividade”[2] do romantismo de um Bernardo Guimarães ou de um Álvares de Azevedo, aproximando-o do que Antonio Candido chamou de “poesia pantagruélica”.
Embora as referências europeias tenham exercido papel importante na fixação do nome de Qorpo-Santo na dramaturgia brasileira, como sustentações aparentemente sólidas inclusive para projetá-lo internacionalmente (o que ocorreu apenas em citações isoladas), a distância temporal proporciona uma visada crítica sobre aquele projeto teórico. Valendo-se de um método que tem algo de arqueológico, uma vertente recente e promissora dos estudos qorpo-santenses tem procurado reinserir o autor na história da cultura e do pensamento nacionais. Trocando em miúdos, trata-se de entender Qorpo-Santo como um autor brasileiro do século 19 que fazia jus a práticas então em voga, como o gosto pela comédia, embora dono de uma dicção singular que o torna um ponto fora da curva.
Exemplo de crítica ao discurso do pionerismo é oferecido por Luís Augusto Fischer em um ensaio sobre o dramaturgo:
É grande a tentação colonizada de tentar inscrever um dos nossos entre os grandes, ainda mais como precursor, a Europa mais uma vez se curvaria ante o Brasil, etc. País colonizado tende a buscar sempre tais compensações em relação aos países centrais, assim como as províncias tendem a fazer em relação ao centro do país. […] Mas não faz sentido, ao menos em termos lineares: precursor tem de produzir eco, ou será para sempre apenas um singular, categoria que, salvo engano, foi postulada desde sempre por Aníbal Damasceno Ferreira (na época mesmo das primeiras montagens, a condição essencial de Aníbal foi defendida de público, com vigor e destemor, por Janer Cristaldo).[3]
Na introdução à Antologia do teatro brasileiro: Séc. XIX – Comédia, organizada por Alexandre Mate e Pedro M. Schwarcz (na qual Qorpo-Santo está presente ao lado de Martins Pena, Machado de Assis e Artur Azevedo, entre outros), João Roberto Faria anota:
Qorpo-Santo é um dramaturgo do nosso tempo, por permitir releituras no palco num nível de experimentalismo incomum. Por outro lado, é inegável que ele dialogou com as tendências dramatúrgicas que conhecia como leitor ou espectador. Assim, apesar de abordar conteúdos que faziam parte do universo da comédia realista, afastou-se da polidez de Alencar, ou da comédia refinada de Machado de Assis.[4]
Da novíssima safra de estudiosos, Maria Clara Gonçalves propõe desvencilhar-se de um Qorpo-Santo mitológico. Em vez disso, procura entendê-lo não como um gênio, um vanguardista avant la lettre, um mero bufão disparatado ou um louco, mas como um homem de letras, sobre o qual influíram ideias estéticas e filosóficas de seu tempo e também motivações concretas que o levaram a conferir, em seu teatro, feições particulares ao repertório intelectual de que dispunha e às ideologias que defendia.[5]
O cenário é próspero para uma releitura da obra do dramaturgo, que ganhou interesse renovado nos últimos tempos, pelo menos no âmbito acadêmico. Se os seus 130 anos de morte, em 2013, passaram praticamente em branco[6], o ano seguinte viu a estreia, em Porto Alegre, do espetáculo Santo Qorpo ou O louco da província, que funde a vida e a obra do autor, recriando livremente no palco trechos do romance Cães da província (1987), de Luiz Antonio de Assis Brasil, e da Ensiqlopèdia ou Seis mezes de huma enfermidade, a monumental obra de Qorpo-Santo em nove volumes (dos quais são conhecidos apenas seis), que inclui sua produção teatral. A montagem de 2014 estreou no dia 14 de março, em temporada de apenas um mês, mas de alta carga simbólica, que assinalou a reabertura do Teatro Universitário – Sala Qorpo Santo, no Campus Centro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, depois de cerca de seis anos fechado para reforma.
Santo Qorpo tem direção de Inês Marocco, conhecida na cena gaúcha por traduzir cenicamente, com o jovem Grupo Cerco, duas obras de Erico Verissimo – O sobrado (2008), baseada em O tempo e o vento, e Incidente em Antares (2012). Também reunindo um elenco de novos talentos, o Santo Qoletivo reinsere o dramaturgo no contexto do século 19, evocando uma Porto Alegre meio histórica, meio ficcional, na qual – seguindo o romance de Assis Brasil – a biografia de Qorpo-Santo é contraposta aos crimes da Rua do Arvoredo. O episódio é uma célebre lenda urbana porto-alegrense segundo a qual a população, na época, teria se alimentado de embutidos produzidos com carne humana decorrente de assassinatos (as mortes de fato ocorreram, mas não há evidências históricas sobre as linguiças humanas). A dramaturgia é assinada por Áquila Mattos, Jeferson Cabral, Juçara Gaspar e Naomi Luana.
Neste procedimento contextual, a montagem do Santo Qoletivo se distancia de Labirinto – espetáculo de 2011, com fragmentos de textos de Qorpo-Santo, ambientado pelo diretor Moacir Chaves e a Cia. Alfândega 88 nos anos 1960 (época da redescoberta do autor) – mas se aproxima da peça Dr. QS. – Quriozas qomédias (2005), do grupo gaúcho Depósito de Teatro e do encenador Roberto Oliveira, trabalho que também levava à cena o personagem Qorpo-Santo e horrorizou a crítica Barbara Heliodora, quem, por sinal, nunca foi muito fã do autor.
Em Santo Qorpo, o consumo de carne humana é metáfora da sociedade moralmente viciada que Qorpo-Santo procura denunciar. Sua política, ainda hoje, é motivo de debate entre leitores e estudiosos: há quem veja em seus textos um elogio ao desvio da norma e há quem o entenda como um moralista acima de tudo. O espetáculo não procura reprimir esta instabilidade: está em cena um certo antecipador do abolicionismo (embora ele mesmo tivesse um escravo) e o misógino (que de fato sempre foi). Mais do que isso, ao elencar quatro atores para viver Qorpo-Santo em diferentes cenas, a diretora materializa um dos princípios do autor: hoje sou um; e amanhã, outro – título de uma de suas peças.
Trazê-lo ao proscênio na forma de personagem é expandir um procedimento que já era seu: ele mesmo se transmutou da vida para o texto em peças como O marinheiro escritor, na qual figura certo Leão (seu nome de cartório, como se sabe, era José Joaquim de Campos Leão) eUm credor da Fazenda Nacional, na qual se identificou com o papel-título. A apropriação de peças de sua autoria na textualidade do espetáculo é engenhosa. Além da inserção de cenas claramente retiradas de peças como Mateus e Mateusa, Eu sou vida; eu não sou morte, A impossibilidade da santificação ou A santificação transformada e Um assovio, outras citações se dissolvem disfarçadamente no roteiro, enriquecendo a experiência do público. Embora o trabalho seja uma defesa apaixonada da lucidez de um homem tido como extravagante em seu tempo, é repleta de comicidade a cena em que Qorpo-Santo enxerga Napoleão III, trazendo à baila uma oportuna interrogação: será que o louco é ele ou somos nós?
O cenário de Martino Piccinini é simples, jogando com poucos móveis, a exemplo das cadeiras (que remete sutilmente à peça de Ionesco), e a iluminação em chiaroscuro de Fernando Ochoa acentua a tragicidade da biografia de Qorpo-Santo em sua heroica luta para provar que não é louco, defendendo-se de acusação da própria mulher. Os figurinos de Rô Cortinhas evocam a época do autor, caracterizando os quatro atores que o interpretam com sobretudo escuro, bengala e cartola e trazendo certa elegância de época para todos os personagens. Se a jovialidade e certa inexperiência do elenco ainda estão presentes dois anos após a estreia, a força e a graça com que defendem seus personagens tornam a montagem uma experiência singular, assim como o homenageado.
.:. Escrito no contexto do projeto Crítica Militante, contemplado no edital ProAC de “Publicação de Conteúdo Cultural”, da Secretaria do Estado de São Paulo.
Hoje Sou Hum; Amanhã Outro de Qorpo-Santo pela 2ª vez no Teatro União!
E esta foi a segunda aparição do Ubando Grupo, em Triunfo. Com o espetáculo Hoje Sou Hum; Amanhã Outro de Qorpo-Santo, em sua terra natal. Mais uma vez foi uma bela apresentação com envolvimento da plateia participante, com sua atenção e interações!!
Para o Ubando Grupo participar do Outonando Qorpo-Santo, neste ano tão importante no qual são comemorados os 150 anos de sua obra teatral é de fundamental relevância ficando marcado na história do grupo a pesquisa em torno do autor Qorpo-Santo.
Além do que, o espetáculo Hoje Sou Hum; Amanhã Outro - escrita no século XIX - faz um paralelo inevitável aos dias atuais. Provocando, nos espectadores, a reflexão sobre o contexto político de nosso país!
Fotos: Temis Nicolaidis (https://saolinhas.wordpress.com)
Em Triunfo - Hoje Sou Hum; Amanhã Outro de Qorpo-Santo!
É no próximo dia 18.04.2016, segunda-feira, às 20hs, no Teatro União! Em Triunfo, RS.
O espetáculo Hoje Sou Hum; Amanhã Outro de Qorpo-Santo, está participando do Outonando Qorpo-Santo 5ª Edição! Em homenagem aos 150 anos de sua obra dramatúrgica!
O Outonando Qorpo-Santo é um evento promovido pela Fundação Cultural Qorpo-Santo, há 05 anos. Ocorre sempre na semana do nascimento do escritor, cuja cidade natal, é Triunfo. E esse ano, por conta da comemoração de sua obra teatral, conta com uma programação diversificada que contempla espetáculos teatrais qorposantescos, oficina de teatro, palestras e a 1ª Távola Cultural - que contará com a presença de pesquisadores, professores, escritores, artistas... Todxs na temática qorposantense!
Evoé!
Serviço:
O que? Espetáculo Hoje Sou Hum; Amanhã Outro de Qorpo-Santo
Onde? Teatro União - Triunfo RS
Horário? 20hs
Quanto? R$ 20,00
Ingressos: LIGUE JÁ: 51-99940527 - 51-96535741 - 51-80507392 - 5192734607
*Descontos para idosos e estudantes!!
Hoje Sou Hum; Amanhã Outro de Qorpo-Santo no Outonando Qorpo-Santo 5 Edição!!
Ubando Grupo tem a imensa honra de participar do Outonando Qorpo-Santo 5ª Edição, promovido pela Fundação Cultural Qorpo-Santo, de Triunfo! Nesse ano todo especial, no qual são comemorados os 150 anos de sua escrita dramatúrgica, bem como, os 50 anos da primeira encenação de um espetáculo composto de textos de Qorpo-Santo! A programação do evento é uma Re-União QorpoSantesca, em sua cidade natal - Triunfo, no Teatro União - o segundo Teatro mais antigo do RS, em funcionamento!!
São espetáculos teatrais nacional e regionais, oficina, bate-papos e muita interação com artistas, pesquisadorxs, estudantes e comunidade em geral. Vamos celebrar Qorpo-Santo!! Evoé!
Qorpo Poético, na Sala Qorpo Santo!!
Performance Qorpo Poético! Apresentada no evento Qorpo Santo, 50 anos no palco!
"Foi contagiante a segunda quinta-feira do encontro reflexivo: Seminário Qorpo Santo, 50 Anos No Palco! Primeiro a alegria e irreverencia do Ubando Grupo, parceiro de pesquisa sobre o Qorpo Santo, incansáveis artistas em busca da memória qorposantesca que trouxeram um ensaio teatral, com recortes da Enciclopédia e de peças do autor celebrado.
Nossa gratidão imensa ao professor Luis Augusto Fischer que mediou as conversas pós apresentação, com os encenadores Plínio Marcos e Julio Jullio Saraiva. É interessante perceber que quando o texto dramático de Qorpo Santo encontra escoadouro, normalmente seus agentes, diretores, pesquisadores, passam a conviver com ele como num ciclo. Ele sempre volta. Re-volta. Gratidão aos encenadores e aos seus belos depoimentos e a cada um/a que esteve conosco na Sala Qorpo Santo.
Um beijo especial à Adriana Marchiori que cobriu nossa tarde, com seu trabalho imprescindível. Quinta que vem tem a última edição com as presenças do professor Flavio Mainieri e do diretor e professor João Pedro Alcantara Gil. A entrada é franca e aberta à comunidade." Santo Qorpo ou O Louco da Província
FOTOS: ADRIANA MARCHIORI
É nesse dia 17.03, quinta-feira às 14hs na Sala Qorpo Santo!!!
O Ubando Grupo, responsável pela montagem de Hoje Sou Hum; Amanhã Outro de 2014, estará compartindo conosco essa celebração em 2016, 150 anos da obra teatral e 50 anos da primeira montagem do teatro qorposantesco!
Dia 17 de março, 14h | Qorpo Poético (fotos) | Leitura Dramática com Ubando Grupo, dirigida por Plínio Marcos | Mediação do debate pós apresentação: Luís Augusto Fischer, convidado especial Júlio Saraiva.
vai ser lindo!
2016 é Ano de Comemoração!! 150 anos da obra de Qorpo-Santo!!
2016 - 150 Anos da Obra Literária de José Joaquim de Campos Leão Qorpo-Santo.*
A Humanidade em seus 2016 anos produziu milhares de seres, alguns diferenciados e deslocados de seu tempo e habitat. Em todas as ciências e artes podemos enumerar nomes que marcaram os dias em que estiveram ao meio de nós simples mortais. Na Era da Mitologia acreditava-se que pessoas assim eram divindades. As civilizações foram crescendo e evoluindo técnica, cultural e socialmente. Houveram povos que se especializaram em armas e fizeram as guerras; outros tiveram gênios da música que deixaram obras universais e eternas; temos os que produziram grandes e imortais escritores e, aí podemos citar o Brasil, o Rio Grande do Sul e a cidade de Triunfo, que foi berço de um personagem atípico e atemporal. Falamos de José Joaquim de Campos Leão, Qorpo-Santo que nasceu em dia de outono, 19 de abril, às margens do rio Jacuí, na vila de Triunfo, no ano de 1829, filho de professor e de estancieira, portanto "com eira e beira". Pessoa que com acesso a informação, mas que teve a vida marcada por tragédias e dificuldades familiares: vivenciou uma agressão física e moral de sua mãe aos três anos; perdeu o pai aos nove anos em emboscada da Revolução Farroupilha e a partir daí assume com a mãe a condução econômica da família, tendo a infância e adolescência abduzidas pela responsabilidade de adulto. Após constituir família, ser professor, delegado, comerciante, viu seu intelecto ser julgado louco, por escrever de forma surreal e até grotesca, ao ponto de ter que fundar a própria gráfica para ver seus escritos publicados. Daí para diante sabemos que a profecia se realizou: "meus textos só serão compreendidos 100 anos após minha obra", o que aconteceu em 1966. Sua obra traz reflexos de uma sociedade marcada por conflitos e guerras territoriais, sociais, econômicas, culturais, ortográficos e familiares, portanto bem contemporânea e, é estudada em universidade de vários países. A estrofe final de minha poesia premiada é minha homenagem:
"À luz dos modernos tempos
Homenagem a seus talentos
Privilegiado por seus frutos
Triunfo lhe rende tributos."
Triunfo, 24 de janeiro de 2016.
*Odila Lourdes Rubin de Vasconcelos.
Fotos Murilo Borges
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